A despedida foi longa. Os meus lábios colavam-se aos teus como se isso tornasse a separação que se avizinhava menos árdua. Os teus braços apertavam-me o corpo como se duvidassem da realização do nosso reencontro amanhã. Como se fosse a última vez, insistíamos em ficar ali, no meio da rua, à vista de todos e sem ver ninguém. Parece sempre ser a última vez. É uma dúvida que se instala em nós à medida que os nossos passos se afastam e nos levam para caminhos diferentes. Ainda que seja por umas horas, por uma noite ou por um dia até nos unirmos de novo, tu vais à tua vida e eu sigo a minha.
Finalmente ganhamos coragem para soltar um “até amanhã” abafado por um beijo roubado sem pensar. Mais um, só mais um... Não vá a vida ser ingrata e estragar-nos o amanhã.
Viras costas e eu fico especada a olhar para ti, enquanto te afastas, na esperança que voltes a lançar-me esse teu olhar mágico uma última vez e outra vez mais.
Fico aqui a ver-te com olhos que já não são os meus e o corpo que me grita a tua ausência.
Viras-te e arremessas um sorriso brilhante que desafia o dos teus olhos.
Levanto a mão para te dizer adeus e viro costas instantaneamente para guardar essa imagem como uma presença real ao meu lado. Continuas aqui. Sinto que te viraste novamente mas recuso-me a olhar para trás. Prefiro guardar esta miragem do que alimentar uma ilusão que vais ficar.
Prefiro guardar-te tal como te deixei: comigo.
Agora que já não estás, vou deliciar-me com o sabor que deixaste na minha boca, o teu cheiro que ainda me invade os sentidos e desfrutar da doçura das tuas carícias imaginárias.
Tudo isso ficará comigo como um fantasma cruel que atenua o vazio que ficou com as últimas palavras que dissemos: “Até amanhã.”
Finalmente ganhamos coragem para soltar um “até amanhã” abafado por um beijo roubado sem pensar. Mais um, só mais um... Não vá a vida ser ingrata e estragar-nos o amanhã.
Viras costas e eu fico especada a olhar para ti, enquanto te afastas, na esperança que voltes a lançar-me esse teu olhar mágico uma última vez e outra vez mais.
Fico aqui a ver-te com olhos que já não são os meus e o corpo que me grita a tua ausência.
Viras-te e arremessas um sorriso brilhante que desafia o dos teus olhos.
Levanto a mão para te dizer adeus e viro costas instantaneamente para guardar essa imagem como uma presença real ao meu lado. Continuas aqui. Sinto que te viraste novamente mas recuso-me a olhar para trás. Prefiro guardar esta miragem do que alimentar uma ilusão que vais ficar.
Prefiro guardar-te tal como te deixei: comigo.
Agora que já não estás, vou deliciar-me com o sabor que deixaste na minha boca, o teu cheiro que ainda me invade os sentidos e desfrutar da doçura das tuas carícias imaginárias.
Tudo isso ficará comigo como um fantasma cruel que atenua o vazio que ficou com as últimas palavras que dissemos: “Até amanhã.”
Foto: Love... by LadyAnubis
4 comentários:
Há despedidas dificeis. Por isso fica sempre bem um até amanhã.
Só te digo.... a inspiração demorou... mas veio cheia de pinta!!!!
Beijos
Sempre difíceis estas despedidas...
Olha... um texto lindissimo... parecia que estava a ver-vos a despedir.... O Amor é lindo e triste ao mesmo tempo... Porque se sofre tanto??? na despedida pior..:)
Lindo .Parabéns
Um beijo
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