sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Flores de Outono


Em quantas vidas te deixei seguir em frente e ainda assim não consigo largar-te a pele?
Já tentei de tudo.
Mas nesse universo cruel do inevitável não te encontro em lado algum...
Agarrei a esperança que me apanhasses pelo caminho e depois,
desesperei numa esquina de lembranças,
a espreitar pelas cortinas,
enquanto as minhas mãos, tremendo de raiva, sufocavam as palavras que devias ouvir.

Algo morre em mim nessa liberdade que te ofereço.
Mas mais vale morrer com a tua pele na ponta dos dedos do que viver sem nunca a ter respirado.