sexta-feira, 29 de junho de 2007

Cada lágrima será vida



Que a chuva ampare as águas que me caem dos olhos...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Insólito

Amigos então
ouvi-me dizer,
mas por mais que tente
não consigo entender
Porque não??
O tempo parou
no momento em que falaste
e só a imagem das tuas palavras
na minha memória ficou.
Foi tudo tão rápido
As lembranças invadiram-me sem querer
Como tudo passa a correr
Como se o mundo acabasse amanhã...
O teu mundo ou o meu?
Terá sido só o nosso?
E nada valeu a pena

O impulso que me deu
Foi aceitar com desagrado
esquecer e seguir o meu caminho
como se, entre nós, não existisse passado
e nunca tivesses feito parte de mim...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Aprender a crescer...


Passam as horas...
Passam os dias...
Passam os anos...
Olhar para trás é lembrar aquilo que já não é;
O que nunca poderá voltar a ser...
Tudo passa.
Passamos todos, pelas horas, pelos dias, pelos anos...
O que fica já não é lembrança, já não é ferida aberta nem cicatriz.
Até as cicatrizes se apagam...
Fica, sim, a vontade de sobreviver.
O desejo de continuar a ser...
E seja lá como for e venha o que vier...
Se o que não nos mata nos torna mais fortes eu estou mais forte com tudo o que ainda não me matou.
E serei mais forte ainda... por fora... porque por dentro algo deveras importante já morreu há muito tempo.
Algo que nunca deveria ter nascido...
Ou algo que ao nascer estava pré-destinado a matar-me... por dentro...
Mas, afinal, todos estamos pré-destinados a morrer... e a questão é mesmo Quando isso vai acontecer?
Eu decidi que o meu dia será aquele em que possa partir de sorriso nos lábios por ter cumprido com o meu destino e ter feito nascer um sorriso nos lábios daqueles que mais precisam, daqueles que amo, daqueles que estimo...
Pode ser hoje ou amanhã, tanto faz...

Só tenho um desejo a cumprir: Ser feliz na tua felicidade!


Foto: The_Rose by Cocoa_Ma

Aprender a Amar



Amar é saber quando devemos doar as nossas asas para o outro poder voar...

quarta-feira, 20 de junho de 2007

abraços de borla...




basta um abraço para que o mundo nos pareça melhor e os nossos fardos se tornem mais leves...


Coração

Descobri um ditado Maia que diz:
"Existem três caminhos: o certo, o errado e o do coração.
O certo nem sempre é o certo;
O errado nem sempre é o errado;
O do coração é sempre o do coração."

Fez-me pensar...
Não poderia estar mais de acordo!
Quantas vezes nos iludimos com os caminhos que escolhemos?
Quantas vezes nos arrependemos de escolhas que pensamos ser as certas ou optamos pelas erradas por serem mais fáceis?
Se eram as certas, porque nos arrependemos? Se eram mais fáceis porque se tornam tão difíceis a digerir?
Quando escolhemos com o coração será que existe remorso?

Eu não sinto pesar nas minhas escolhas, mas isso sou só eu!

terça-feira, 19 de junho de 2007

Forever drowning...



I wanted freedom
Bound and restricted
I tried to give you up
But I'm addicted
Now that you know I'm trapped
Sense of elation
You'd never dream of
Breaking this fixation

You will squeeze the life out of me...

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Possession



Está tudo dito...
Deixo o silêncio falar por mim...
O olhar esclarecer os mal entendidos...
Deixo morrer as palavras nascidas da mágoa...
Para que brote novamente a flor da paz interior...

segunda-feira, 11 de junho de 2007

À sombra da vida

Tão frágil esta maneira de atravessar o tempo e ir mais longe sem ter de voltar ao abismo onde encontrei a morte. Nesse lugar comecei a odiar-te, a fugir ao calor que o sol transporta nos seus raios de luz que, como lâminas, penetram-me o corpo.
Esta coragem para sair à luz e ignorar a dor que ela me causa como se nada tivesse acontecido é porque nada se compara à felicidade de te ver morrer com o anoitecer.
Alimento-me na sombra fria com o ar leve dessa noite que traz o leite que me consola e amamenta.
Abres as veias e ofereces-te para que eu viva mais um dia. Para que volte a encontrar o tempo sombrio e vazio da infância, passado distante onde o sangue nos unia e era só nosso. Mas essa vida escapou-se com a queda ruidosa de um corpo nessas rochas onde só o mar batia até então. E ouvi o mar chamar por ti ao longe. Ouvi as ondas enraivecidas de tanta falta de ar e de coragem gritarem o teu nome. Chamavam por ti mas era eu quem respondia.
Acordei. O vento a acariciar a areia quente, o sol a empurrar-me para um recanto qualquer há muito esquecido. O sol a gritar-me que não tinha o direito a voltar à vida. Mas eu voltei. Voltei ainda que fosse para viver na escuridão.
Escondi-me nas rochas até ganhar forças para enfrentar o dia que sorria ao ver-me como um verme entregue ao abraço da solidão. Raiva e incompreensão foi o que senti ao pensar que deveria viver para sempre nesta condição. Rodeada por violência e desespero pois nem a morte me quer como eu a quero.
Invade-me o cheiro podre de um corpo em decomposição. Preciso alimentar-me. Não posso acabar assim. A caça revela-se inútil. Não sei caçar só pescar e nessa espera continuo a deteriorar-me.
A vítima mordeu o isco e sem saber porquê foi um imenso prazer mordê-lo. Depois da espera o meu corpo recupera. Um novo ser nasce em mim e nada mais importa a não ser este sangue novo que me corre nas veias e as aquece e revigora. Invadem-me imagens de outra vida, um passado diferente do meu, lembranças de uma infância que só pode ter sido inventada pois nunca a conheci.
Finalmente descanso. Respiro calmamente observando a beleza do ser, agora vazio e pálido, que se deixou dominar para que eu pudesse renascer.
Paz. Enfim és minha para sempre.