quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

infinitude





Quero-te no silêncio de quem já não quer mais
O que um dia teve e não soube guardar.
Deixo-te mil palavras que não lerás jamais
Apenas para reconhecer que não sei amar...

2 comentários:

Anónimo disse...

Saberás que não te amo e que te amo
pois que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem a sua metade de frio.

Amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Amo-te e não te amo como se tivesse
nas minhas mãos a chave da felicidade
e um incerto destino infeliz.

O meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.

Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"

... disse...

Ninguém sabe amar
Ou se ama ou não se ama,
mesmo sem saber como...