sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Praying


Praying Man by ~Haematinon on deviantART

Conhecem aquela necessidade insuportável que temos de falar? Sabem?
Não nos apetece nada e nem sabemos o que dizer mas simplesmente precisamos falar...
Dizer qualquer coisa... "Ah e tal que lindo sol!" ou "Credo que frio... Até me deu um arrepio!"
Ou um simples "Bom dia!"
Porque se não dissermos, algo morre dentro de nós e, é como se deixássemos de existir...
É carência...
É solidão...
É a tristeza que fala por nós...
E, quando nos damos conta, estamos a contar a nossa vida pessoal a um perfeito desconhecido...
Apenas e só porque ao menos ele nos está a ouvir e a prestar atenção ao que dizemos...
Desculpa...
Perdoa-me gentil desconhecido...
Perdoa-me se, quando queres falar, não tenho tempo para te ouvir...
A minha vida é demasiado ocupada pela desilusão e ouvir as tuas palavras faz-me sentir tão fraca e cobarde que só me apetece fugir...
Fugir de ti... Fugir de mim...
Fugir do mundo e das suas mentiras...
Das falsas amizades e da falta de respeito...
Da falta de palavras para te dizer o quanto és importante para mim e o que significas na minha vida...
Prefiro odiar-te!
Perdoa-me...
Mas é bem mais fácil...
Reconhecer que o monstro sou eu exige demais de mim...
E eu gastei as minhas forças todas só para te dizer "Olá!"

5 comentários:

Sandra disse...

eu ontem tb recebi um email com algumas dessas palavras de alguem que nao conheço e que nao me conhece. Mas segundo esse alguem, que diz que nao me conhece, eu sou e passo a citar, "uma miuda embirrenta e mimada", "uma besta quadrada", tenho "caracter de MONSTRO, porque tu és o verdadeiro monstro", "Tu és horrivel". e a cereja no topo do bolo: " Eu não te conheço, mas ODEIO-TE!!!!"

e como também nem sempre convem ouvir também recebi um ps maravilhoso: "PS- CONTINUAS BLOQUEADA, PARA QUE EU NÃO TENHA QUE RECEBER AS TUAS
RESPOSTAS TRISTES E MAL INTENSIONADAS"

e com isto se prova que para algumas pessoas conhecidas ou desconhecidas um simples olá até é demais.

ah! e hoje recebi um pedido de desculpa, porque parece que tudo começou com um pedido desse alguem para eu escrever palavras minhas porque a justificação "é que eu até sei que escreves bem" (isto da mesma pessoa que diz "Eu não te conheço, mas ODEIO-TE")

Moral da história: falar com estranhos também nao resulta.

PS: se esse alguem te voltar a pedir para apagares o meu comentário apaga. não vale a pena irritar esse alguem

Mystique de volta ao ataque!! disse...

Querida Sandra,
Por vezes, no nosso egoísmo e na nossa necessidade de deitar cá para fora o que nos atormenta, esquecemo-nos que o desconhecido à nossa frente também tem uma vida e certamente muitos tormentos dos quais falar...
Infelizmente nem todos os desconhecidos se tornam amigos mas há muitos amigos que se tornam desconhecidos...

E eu adoro-te Amiga... :)

sm disse...

Pouco importa amarrar com mão valente
A Discórdia infernal, com cem cadeias,
Que ela tem subtilezas, tem ideias
De saber desligar-se facilmente.

De que serve lançar limpa semente
Em chão infecto, de zizânias feias,
De ervilhacas, lericas, joio, aveias,
Sem os campos limpar primeiramente?

Ninguém, té gora, à ligadura górdia
O nó soube desdar, que o vil Egoísmo
Empata as vazas à geral Concórdia.

Não se pode extinguir o Despotismo,
Nem acabar c'o império da Discórdia,
Sem cortar a raiz do Fanatismo.

Francisco Joaquim Bingre

sandra disse...

dois comentários egoistas.

estás bem para aquela pessoa que me chamou aquilo tudo.

um amigo tem as prioridades correctas.

pensa com o coração e nao com os genitais

Anónimo disse...

O que eu adoro em ti
Não é a tua beleza
A beleza é em nós que existe
A beleza é um conceito
E a beleza é triste
Não é triste em si
Mas pelo que há nela
De fragilidade e incerteza

O que eu adoro em ti
Não é a tua inteligência
Não é o teu espírito sutil
Tão ágil e tão luminoso
Ave solta no céu matinal da montanha
Nem é a tua ciência
Do coração dos homens e das coisas.

O que eu adoro em ti
Não é a tua graça musical
Sucessiva e renovada a cada momento
Graça aérea como teu próprio momento
Graça que perturba e que satisfaz

O que eu adoro em ti
Não é a mãe que já perdi
E nem meu pai

O que eu adoro em tua natureza
Não é o profundo instinto matinal
Em teu flanco aberto como uma ferida
Nem a tua pureza. Nem a tua impureza.

O que adoro em ti lastima-me e consola-me:
O que eu adoro em ti é a vida!

manuel bandeira